13.9.07

E se fosse eu?

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A empatia triunfou. Viva a solidariedade!

Ontem, foi dia de se imaginar na pele de Renan. A mídia esperneou, mas nada substitui o “pai crítico”, aquele corregedor interno e subjetivo, no pé do ouvido. Afinal, a secretária, a balconista, a sobrinha ou a colega poderia ter feito o mesmo que fez a jornalista. O Gonçalves e o Gonçalo, grandes companheiros, poderiam ser o Gontijo. A implicância poderia ter sido com as cabritas ou com as capivaras, em vez dos terneiros.

A auto-análise e a imagem que os senadores (aqueles que votaram contra a cassação) têm de si mesmos não lhes permitiu abrir o cadafalso. Quem absolveu o presidente do Senado ouviu o “pai crítico” (alguns o chamam de consciência) argumentar, lá das profundezas das notas frias e laranjadas: Aquele que nunca pecou que atire a primeira pedra. Quem é vossa excelência, malandro fino, para condenar seu par?

Para aqueles que votaram a favor da perda do mandato, restou uma dúvida:

O que é que vou dizer lá em casa?



Foto: www.anuleseuvoto.com (charge "ambiente de trabalho no Congresso")

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