23.8.07

Cores e texturas do desmonte

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Quem tiver cinco minutos e quiser ver algumas imagens registradas na tragédia peruana, pode clicar aqui. São 49 fotografias impressionantes tiradas desde o dia do terremoto, 15 de agosto. O recurso multimídia é oferecido pelo sítio na internet do jornal “El Comercio”. A foto acima foi feita por Lino Chipana, em Pisco, três dias depois do tremor mais forte.

22.8.07

Duro na queda

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Já se passaram três meses. E ele resistiu. Mas Renan ainda vai precisar de muita força e manobra política para se manter onde está. O novo relatório do caso Mônica/Gontijo/boiada já está sendo redigido e recomendará sua cassação. Entretanto, primeiro o relatório precisa ser aprovado em votação aberta, no Conselho de Ética, e depois em votação secreta no plenário do Senado. Dizem que Renan já conta perdida a primeira batalha, mas confia na decisão final, onde ninguém precisa mostrar a cara para livrá-lo do execramento.

Tentei descobrir o autor da charge, mas outra vez fico devendo os créditos. Se alguém reconhece a assinatura, por favor, deixe um comentário.

21.8.07

O Homem Vertical

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Esse é o título do documentário que está sendo produzido pelo estudante de economia e cineasta acidental, como costuma se apresentar, André Perfeito. Seu objetivo é tentar responder “como se faz política no Brasil”. Saiu gravando com grana do bolso (do pai) e coletou imagens de Roberto Jefferson, José Dirceu, entre outros famigerados.

Quem sabe você já ouviu falar de “O Homem Vertical”, que, antes de ser lançado, já resultou em blog no portal IG. Entretanto, se ainda não viu o teaser, vale a pena clicar na foto acima.

Destaque para a cueca imunda que Roberto Jefferson lava diante da câmera: “O caixa dois financia igreja, financia evento esportivo, financia o Carnaval. É uma espécie de jogo do bicho. A sociedade sabe que existe, mas é um mal menor”.

E, quem tem um tempinho sobrando, pode visitar os blogs de dois “homens verticais”:

Roberto Jefferson

José Dirceu




Foto: Jornal do Senado

20.8.07

Chacais da solidariedade

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O drama é enorme. Mortos, feridos, desabrigados, famintos, carentes de tudo o que se possa imaginar. Assim ficaram os habitantes do pedacinho do litoral peruano desmontado pelo terremoto da última quarta-feira. Entidades internacionais e outros países logo se dispuseram a ajudar. Quem pode mais deu dinheiro: Bento 16 abriu a mão e mandou US$ 200 mil, Bush liberou US$ 100 mil na primeira hora, os chineses US$ 300 mil, além de outros US$ 50 mil já enviados pela Cruz Vermelha. A ONU arrecadou US$ 1 milhão e a União Européia mais US$ 1,35 milhões para os peruanos. Os amigos mais pobres, como o Brasil, juntaram alimentos, cobertores, barracas, gente e o que mais tinham disponível para mandar à região atingida. Cinco dias depois do grande tremor, a ajuda humanitária já chega a 670 toneladas de suprimentos.

Parece que o mundo assumiu a responsabilidade de auxiliar o Peru, onde 60% da população são pobres. Entretanto, a comida, que chega de forma desordenada às vítimas, não vem investida só de amor e caridade. O caos instalado pelo abalo sísmico vem oportunizando a ação estratégica das forças políticas. Uma doação não deixa de ser demonstração de poder e superioridade. Mais: pode virar proselitismo. Hoje de manhã (segunda-feira) o presidente peruano, Alan Garcia, irritou-se ao saber que latas de alimentos estavam sendo entregues com etiquetas que identificam os doadores “Humala” e “Chávez” (presidente venezuelano). “Não é o momento de fazer propaganda eleitoral encima da tragédia humana. Deve-se levar ajuda sem lembretes”, frisou Garcia, que derrotou Ollanta Humala, em segundo turno, no ano passado.

Por aqui, o terremoto no departamento de Ica tem ocupado espaço em todos os veículos de comunicação de alcance nacional e regional. A tragédia parece estar sendo mais bem relatada pelos jornais impressos que pela televisão. Rodrigo Lopes, editor de Internacional de Zero Hora e enviado especial da RBS, vem publicando textos, em estilo quase literário, que emocionam pelos detalhes descritivos. A Folha de São Paulo mandou Raul Juste Lores, que situa muito bem o leitor, tanto histórica como geograficamente. As limitações de tempo na televisão parecem asfixiar as matérias da Globo. Ari Peixoto vem atropelando as palavras, quase sincopadas. Ademais, repete informações que os jornais impressos já publicaram há dois ou três dias.

O sítio na internet do jornal peruano El Comercio, editado em Lima, tem feito uma cobertura completa e em tempo real da catástrofe natural.




Foto: Televisa Internacional

14.8.07

Poder e atenção centralizados

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Não faltam informações sobre Hugo Chávez. Por onde anda, quem ele xinga, com quem se encontra... Porém, sinto um vazio na cobertura dos jornais brasileiros a respeito da Venezuela. Um país não se resume ao presidente. Nossa imprensa, a meu ver, está preocupada em emitir um juízo de valor. O leitor/ouvinte/espectador vê-se obrigado a tomar posição em questões que já perderam o contexto: o homem é, ou não, um ditador? Você é a favor ou contra Chávez?

Se alguém se dispõe a bancar, viajo amanhã para a República Bolivariana e alimento o Polipoliticus de lá. Quero saber o que realmente está mudando na vida do povo. Para a maioria, melhorou ou piorou? A que tipo de educação e assistência médica o pobre tem acesso? Que empresas privadas restam por lá? Que elas fazem ou pensam fazer com as mudanças no sistema? Quais as restrições de direitos civis e políticos aos cidadãos?

Reitero minha sugestão de link para saber um pouquinho sobre o país mais turbulento da América Latina. A versão online do jornal El Universal critica Chávez, mas o reconhece como presidente legítimo. Aqui você tem a opinião do Presidente da Associação de Imprensa de Madrid sobre o caso da RCTV e aqui você confere a galeria de fotos da inauguração de um viaduto, construído pelo governo, que liga Caracas ao litoral.