22.6.07

Inacreditável e insustentável

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Creio que o mais aberrante já não sejam as vacas hiper-férteis de Renan ou se a Mendes Júnior pagava os custos de sua aventura extraconjugal. O mais grave, a meu ver, neste circo que se armou no poder Legislativo é a fragilidade da instituição Senado. Que palhaçada é essa? Comissão de Ética presidida por um frouxo que gagueja e sequer foi eleito. Sebastião Machado Oliveira (SIBÁrbaridade) chegou ao Senado sem receber um voto. Mas como assim? Pasmem, Sibá(rbaridade) foi indicado pela militância petista à suplência da senadora Marina Silva, que ocupa o cargo de ministra do Meio Ambiente. Ele já integra o Senado desde quatro de fevereiro de 2003.

Nascido no Piauí, Sibá(rbaridade) morou no Pará antes de ir para o Acre, em 1986. Ele acabou na meia esfera côncava do Congresso por vias legais, porém questionáveis em termos de legitimidade. Na verdade, os únicos cargos que ocupou sustentado pelo voto foram (a) Presidente da CUT (1991 e 1994) e (b) Presidente do PT do Acre (2001). Já disputou eleições para deputado federal (1994), prefeito da cidade acreana de Plácido de Castro (1996) e deputado estadual (1998). Nunca venceu. É um suplente de carteirinha.

Falando sério, o senador possui um mínimo de representatividade, um tantinho de coragem e nada de competência para conduzir as atividades do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar. Seu prestígio entre os pares é tão débil que não consegue nomear um relator estável para tocar adiante o caso Calheiros. São 15 integrantes titulares da Comissão e mais 15 suplentes, nenhum assume para si a responsabilidade. A relatoria é desgastante politicamente, com certeza. Independente da posição que se tome, quem aceitar o posto sofrerá represálias. Com um presidente do calibre de Sibá Machado, o caos e a esquiva devem continuar predominando na Comissão.


Pra frente Brasil! Pra trás malandragem!

2 comentários:

Leonardo disse...

Bah, não gostava desse cara só de observer a sua "atuação" na comissão de ética. Parecia um coitadinho que nem pra vereador de Santa maria se elegeria, sem um pingo de postura que ainda se espera de um senador. Um bonequinho colocado a serviço do governo para diminuir a importância do caso e livrar o Renan de vez. Agora, com essas informações que tu cita, dá mais vergonha ainda de ver como que uma figura dessas se torna senador.

Iuri Lammel disse...

Exatamente como o Leonardo falou, um "bonequinho a serviço do governo". Aliás, ele e a Ideli Salvatti, o par de marionetes. Já não importa mais o conteúdo e as conseqüências de qualquer matéria a ser decidida no congresso: o importante para os dois é sair em defesa dos interesses da presidência. Aliás, o presidente do executivo pode legislar? Não poderia, mas com marionetes a seu serviço e com leilão de cargos no ministério, isso é fácil.